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O Pentágono e o cinco, Símbolos da Vida a da Consciência

Pelo Cinco, o Um toma consciência do Quatro. É na Terra, simbolizada pelo Quatro, que o princípio criador, a Mônada, o Um, pode se manifestar pela Tríade, o Três. A questão que se impõe é — como é percebida essa manifestação? Os filósofos gregos antigos colocavam esta questão para seus alunos — “Será que uma árvore que cai na floresta sem ninguém presente faz barulho ao cair?” Para que o barulho e por extensão todas as manifestações sejam percebidas, é preciso acrescentar um quinto ponto que dê origem ao Cinco.

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O Cinco introduz uma nova dimensão ao Universo, a da percepção e da consciência. Assim nasce o Cinco Essa percepção e essa consciência são manifestas pela vida. A inteligência que anima a vida manifestada pelo Cinco organiza a matéria manifestada pelo Três e a forma manifestada pelo Quatro para seu proveito, para melhor perceber a Criação e tomar consciência da mesma. Aos quatro elementos terrestres acrescenta-se um quinto elemento — a quintessência, a vida.

A vida e a consciência

A vida e a consciência são simbolizadas pelo Cinco e a forma associada é o pentágono, seja convexo, seja estrelado. Após termos examinado as quatro formas e os quatro primeiros números princípios que as caracterizam, chegamos ao estágio onde a matéria existe e tomou forma. O desenvolvimento que se vai seguir aí está para mostrar que, com Cinco e a vida, o mundo tal como o conhecemos tem todos os elementos necessários para funcionar.

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O Quatro introduz o irracional, o Cinco introduz a complexidade. A vida, o Cinco, usa a matéria para se manifestar. O Que é a Vida? Os biólogos estimam que o ser vivo obedece a dois critérios principais:

1. Ele deve poder subsistir e se reproduzir de maneira autônoma, transformando moléculas colhidas no seu ambiente.

2. Deve ter condições de evoluir graças a modificações mais ou menos importantes, mutações, que sobrevenham de modo aleatório ao seu material genético para lhe permitir adaptar-se às variações do seu meio. Podemos fazer várias comparações com a matéria inerte:

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• A matéria inerte é imóvel; a matéria viva é praticamente sempre animada de movimentos.

• A matéria inerte e a matéria viva são constituídas dos mesmos elementos, mas a matéria viva tem uma estrutura organizada, com frequência muito mais complexa. Para fazermos uma comparação de natureza literária, podemos dizer que a matéria inerte é comparável a um conjunto de letras e sílabas, enquanto a matéria viva é composta do conjunto dos livros escritos e a escrever.

• O ser vivo parece dotado de uma consciência que lhe permite sobreviver e se perpetuar, sendo animado por uma energia que o mineral não tem e que desaparece com a morte de cada ser vivo.

A segunda questão que se impõe é:

Qual é a origem da vida?

Em conformidade com a lei da dualidade, há dois tipos de explicação, mas nenhuma foi até agora irrefutavelmente provada; vale dizer que cabe a cada um encontrar a resposta que lhe convém. Sem entrarmos em detalhes, devido ao risco de nos perdermos em vãs interpretações, seguem-se essas explicações.

O primeiro grupo de explicações é o dos materialistas. A fonte da vida seria ao acaso. As condições existentes na Terra em sua origem, naquilo que é chamado o “caldo original”, teriam permitido às primeiras moléculas de matérias orgânicas que se formassem e ganhassem vida. Estatísticos calcularam a probabilidade de se ter produzido a complexa agregação de moléculas correspondentes às primeiras bactérias. Essa probabilidade é tão fraca que é praticamente nula. Outra hipótese é a da panspermia.

Símbolos da Vida

As primeiras formas vivas teriam provindo do espaço, em cometas ou meteoritos. Isto não explica como e onde surgiram essas formas vivas. O segundo grupo de explicações supõe que uma causa não material está na origem da vida. O vitalismo desenvolve a ideia de que a vida não pode ser reduzida a fenômenos físico-químicos, mas que uma energia vital torna a matéria viva e organizada.

Entre um organismo vivo e um organismo morto, a composição química permanece a mesma logo após a morte; a diferença está na presença ou ausência dessa energia vital. A tese espiritualista é a de que o Deus criador do Universo é também o criador da vida de suas criaturas. A vida está ligada a uma emanação de Deus, a alma universal, que anima todas as forças vivas. Cada forma viva tem uma parcela dessa alma universal. É essa parcela que anima a matéria e lhe dá vida. Esta crença é encontrada no animismo.

A união da alma e do organismo físico é manifestada pela força vital (mais uma vez a lei do triângulo). Nesta visão, a força vital é consequência da ação da alma e aparece somente no instante do nascimento, desaparecendo com a morte e a separação da alma. Muitas discussões ocorreram para se saber a que nível da hierarquia do ser vivo uma alma individual existe. Com certeza, a ideia mais difundida é a de que só o ser humano tem uma alma individual; as outras formas de vida têm no máximo uma alma grupal.

Como se desenvolve a vida?

Aqui também não há uma resposta única e cabe a cada um encontrar as razões que lhe convêm para explicar o como da vida. Os gregos antigos foram os primeiros a deixar escrito a esse respeito. No século VI a.C., o filósofo e sábio grego Anaximandro de Mileto (610–546 a.C.), em sua obra principal, Da Natureza, supôs que os animais atuais fossem diferentes dos animais do passado e que essa transformação fosse o resultado do que hoje seria chamado de uma evolução adaptativa. Depois dele existem duas doutrinas principais.

A primeira é a de Demócrito. Essa doutrina, conhecida pelo nome de mecanismo, supõe que os seres são criados ao acaso e que só subsistem aqueles que adquirem as qualidades necessárias à sua sobrevivência. A segunda doutrina é a do filósofo e sábio Anaxágoras de Clazômenas (500–428 a.C.). Ela é conhecida como finalismo.

Foi retomada por Aristóteles (384–322 a.C.), filósofo e discípulo de Platão. Essa doutrina supõe um plano preestabelecido no Universo, pois, dizia ele, “a natureza não faz nada sem objetivo”. Encontra-se uma teoria próxima na Bíblia. Ela é a base do Cristianismo (Deus criou os seres vivos) e o do Fixismo (as espécies são imutáveis). No século XVIII, naturalistas como o sueco Carl Von Linné (1707–1778) e o francês Georges Louis Leclerc, o conde de Buffon (1707–1788), com suas tentativas de classificação das espécies, começaram a fazer evoluir os espíritos até então imobilizados na visão bíblica. Foi no século XIX que a teoria conhecida como evolucionismo se desenvolveu.

Evolução das espécies

O naturalista francês Jean-Baptiste de Monet, o cavaleiro de Lamarck (1744–1829), em sua obra Filosofia Zoológica (1809), estabeleceu a base do transformismo. Os organismos vivos seriam influenciados pelo meio em que vivessem. Se o meio mudasse, os organismos se adaptariam e transmitiriam os novos caracteres adquiridos a seus descendentes. Atribui-se a Lamarck a célebre fórmula — “A função cria o órgão”.

A teoria do transformismo foi retomada pelo naturalista inglês Charles Darwin (18091882). Por suas observações durante sua expedição no navio Beagle, em particular nas ilhas Galápagos, ele desenvolveu noções de seleção natural e seleção sexual. As bases do transformismo foram questionadas pelos trabalhos do botânico tcheco Johann Mendel (1834–1907). Ele é conhecido como o pai da genética.

A transmissão dos caracteres adquiridos não se faz sistematicamente de uma geração para outra. Por suas experiências de hibridação com ervilhas, ele demonstrou que a transmissão dos caracteres dominantes só representava 25% da descendência depois da segunda geração.

O desenvolvimento da genética levou há teoria do mutacionismo. Seriam as mutações genéticas sobrevindas aos organismos que favoreceriam a adaptação ao meio. A transmissão dos caracteres adquiridos não seria sistemática, mas as seleções naturais conservariam, no devido tempo, as mutações mais adaptadas. O mutacionismo supõe uma evolução descontínua.

Hoje, a evolução das espécies não deixa mais dúvida. As observações permitem duas constatações:

1. Os seres vivos constituem um vasto conjunto genealógico, com ramos em que se pode seguir a evolução das espécies, isto é, a sua aparição, suas transformações e, para muitas, seu desaparecimento. A evolução se faz por uma sequência de transformações gradativas bastante lentas ou mudanças sucessivas imperceptíveis na nossa escala.

2. A vida começou pelos seres mais simples, parecidos com nossas bactérias, e foi se complexificando com o passar do tempo numa inumerável diversidade. A evolução se desenvolve das formas mais simples para as mais complexas. Algumas Reflexões:

A Evolução

• A vida utiliza moléculas construídas a partir do átomo de carbono. Esse átomo tem a particularidade de possibilitar quatro ligações fortes. O átomo de carbono ocupa então o centro de um tetraedro, primeiro volume que existe com o Quatro.

• Os seres vivos são seres individuais que podem subsistir sozinhos ou em associação. O ser humano individual não poderia viver sem sua associação com as bactérias da flora intestinal. Podemos observar que somos uma agregação de células especializadas que funcionam em associação harmoniosa para formar o corpo humano. No entanto, as espécies vivas são dependentes umas das outras, em particular os animais para se alimentarem. As plantas, por função clorofiliana, transformam sob ação dos raios solares o gás carbônico em oxigênio. Elas são então indispensáveis à sobrevivência das espécies aeróbicas. Constituem a base da saída da vida dos oceanos pela oxigenação da atmosfera. Há uma empatia entre o vegetal e o animal. Por exemplo, se são mortos os ratinhos de uma ratazana, ela emite ondas de dor. Essas ondas são captadas por plantas existentes nas proximidades, contatado isso pela mudança de condutividade elétrica de suas folhas.

• A reprodução sexuada permite a mistura dos genes dos pais, o que multiplica as possibilidades de evolução.

• Todos os seres vivos estão sujeitos a um processo irreversível de destruição do seu invólucro material – a morte. Esse processo é muito importante, pois constitui a base da evolução. Se os seres fossem imortais, seriam imutáveis e novas espécies não poderiam surgir. A morte permite a continuação, a renovação e a transformação das espécies e é, pois, uma das facetas da vida.

• A natureza pode encontrar várias soluções para um mesmo problema.

• Os organismos vivos são capazes de interações importantes com o seu ambiente.

• A vida é aparentemente muito frágil. Faltam-lhe condições muito especiais para se desenvolver. É preciso certa quantidade de umidade, o que implica em água em estado líquido. Até este ponto consideramos a evolução da vida numa visão essencialmente científica. Há, no entanto, uma qualidade da vida que a ciência parece ignorar, que é a inteligência e a consciência que ela demonstra. Como é que a vida apreende o seu meio para encontrar seu alimento e o assimilar, para se desenvolver e conservar sua integridade formal, evitar predadores, reproduzir-se, senão por uma forma de consciência que a guia?

No transcorrer da evolução, podemos observar que, com o desenvolvimento e o aumento da complexidade da vida, a consciência manifestada pelas diferentes espécies também se desenvolve e se torna mais complexa. Esse desenvolvimento começa com a consciência elementar vital, aparentemente baseada no domínio do mundo material.

Constata-se em seguida a consciência de grupo de uma mesma espécie. No ápice ocupado pelos seres humanos constata-se, além das consciências precedentes, a consciência individual e o pensamento, a consciência do bem e do mal, a autoconsciência e a consciência de ser, a consciência das concepções abstratas e do raciocínio e a consciência do espiritual e do divino.

Então, qual é o objetivo da vida? Esta pergunta vai ficar sem resposta e é aqui que você entra a refletir e tentar encontrar possíveis respostas.

Publicamos um artigo anterior a este que fala sobre formas e Números sagrados, vale a leitura para complementar: https://travessiaspa.com.br/formas-e-numeros-sagrados/

Gostaria de aprofundar ainda mais nestes conhecimentos?


Rosa Capitani — Terapeuta

Criadora do Blog / Proprietária Travessia SPA

Contatos: https://vbc008.com/spa

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Sobre o Autor

Luìz Trevizani - CRT 36768

Psicoterapeuta holístico e metafísico, consultor pessoal e de Numerologia Cabalística, palestrante e pesquisador da consciência humana, professor e diretor do Instituto Luz da Consciência de Numerologia Cabalística, desenvolvendo atividades no campo do autoconhecimento.

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