Em um recente sermão, um padre provocou reflexões profundas ao apontar o celular como a arma mais poderosa já inventada pelo ser humano. Esta afirmação instigante me levou a considerar a natureza da verdade e da falsidade, especialmente a verdade reversa contida nessa questão.
É comum atribuirmos nossas responsabilidades a elementos externos, sejam objetos, outras pessoas ou até mesmo os dispositivos e ferramentas que utilizamos. No entanto, é crucial entender que uma arma, qualquer que seja, não tem capacidade de agir sozinha, sem a intervenção da mão humana.
O Celular como Potencial Arma Perigosa?
Refletindo sobre a função do celular, é evidente que ele não possui a capacidade intrínseca de causar danos. Ele é meramente um dispositivo inerte, incapaz de ação autônoma, a menos que esteja ligado à proximidade de uma mente humana.
Entretanto, é inegável que os celulares são utilizados pelas plataformas de mídia para rastrear nossos interesses e influenciar nossas decisões de compra, por meio de anúncios direcionados. Nesse sentido, a responsabilidade recai sobre o ser humano que utiliza o dispositivo, com seus desejos, pensamentos e vontades.
A Dualidade do Celular: Conexão e Distanciamento
O celular desempenha um papel ambíguo em nossas vidas, aproximando-nos e, paradoxalmente, afastando-nos. Por um lado, permite conexões globais e facilita a comunicação; por outro, pode nos alienar daqueles que estão fisicamente próximos, ao nos prender em um mundo de distrações e ilusões virtuais.
No entanto, é importante reconhecer que o afastamento entre indivíduos já existia antes da popularização dos celulares. O dispositivo serve como um meio através do qual as pessoas se isolam, imersas em suas próprias realidades virtuais, alheias ao mundo real e focadas em suas fantasias internas.
Em Busca de Soluções
Abandonar o celular não é a solução para os desafios que enfrentamos. Em vez disso, devemos enfrentar nossos vícios internos, especialmente aqueles relacionados à busca por sensações, que alimentam comportamentos prejudiciais, como o vício em redes sociais e a propagação de informações falsas.
Muitos indivíduos se desconectaram não apenas de uma conexão espiritual, mas, antes de tudo, de si. Eles vagam pelo mundo de maneira automatizada, sem consciência de suas ações ou de si, impulsionados por hábitos condicionados e desejos superficiais.
Perspectivas para o Futuro
Apesar dos desafios, há esperança para o futuro. Aqueles que dominam o uso responsável das tecnologias emergentes estão criando impactos positivos significativos, enquanto outros podem se tornar vítimas do sistema, manipulados por desejos efêmeros.
O “novo mundo” está aberto apenas para aqueles que buscam o bem, o amor e a ética em suas ações, que se esforçam para elevar seus padrões morais em um mundo cada vez mais dominado pela tecnologia.
Este é um chamado para aqueles dispostos a aceitar o convite para uma nova era de consciência e responsabilidade.
Separamos o artigo a seguir, por contribuir com esta leitura: https://travessiaspa.com.br/a-idiotice-profanando-o-sagrado-da-vida-2/
Em parceria com o Instituto Luz da Consciência: https://luzdaconsciencia.com.br/artigos.html