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O Minimalismo, a Ecologia do SER e o Egocentrismo

Certos conceitos são introduzidos na sociedade e acatados por muitos sem o devido exame de seus méritos e de seus resultados gerados na prática. Não refuto a possibilidade de que isso se aplique ao conceito de minimalismo também. São muitos os que acatam novas ideias e aceitam conceitos pré-formados, mas nem tantos entendem seus significados, na prática.

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“A essência do minimalismo reside em empregar apenas o essencial dos elementos estruturais como uma forma de expressão nas áreas da arte e comunicação.” Com o passar do tempo, essa ideia passou a ser integrada em diversas outras esferas de expressão humana, transformando-se em um modo de viver.

A Ecologia do ser e o egocentrismo

A filosofia do estilo de vida minimalista preconiza a redução significativa do consumo, priorizando a aquisição apenas dos itens essenciais para garantir uma qualidade de vida satisfatória.” Por outro lado, essa forma de viver visa outros prazeres substitutivos. Aqueles que seguem o minimalismo valorizam um estilo de vida descomplicado, concentrando-se em suas verdadeiras paixões, alcançando o seu desenvolvimento pessoal e mantendo sua independência.

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Aqui mora o perigo desse conceito se transformar num egocentrismo, e, talvez, a distorção da ideia original, que é boa e pode ser a pauta de uma nova consciência ecológica do ser e uma nova forma sustentável de viver no Planeta. O minimalismo, positivamente, como uma nova consciência ecológica do ser, trabalhando nos conceitos de eficiência e eficácia, seria o ideal.

Eficiência é fazer de modo otimizado, com o menor desperdício possível, de recursos e tempo, enquanto a eficácia se concentra em fazer as coisas certas e alcançar as metas planejadas e programadas. Dentro dessas premissas se aplica o conceito minimalista como uma nova consciência ecológica do ser.

O conceito é bom e todos deveriam pelo menos implementar parcialmente em seus hábitos de vida. Somos consumistas exagerados e não pensamos que muitos dos recursos naturais utilizados na fabricação dos bens que compramos e consumimos são limitados, e alguns já estão em vias de escassez.

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Comprar somente o necessário e suficiente para atender as demandas individuais e da família. Isso vale para alimentos, bebidas, roupas, calçados e outros bens de utilidade. Vale também para transporte, um carro por família e a utilização de outros meios de locomoção, como bicicletas, por exemplo.

Usar os eletrodomésticos em toda a sua vida útil. Economizar os recursos naturais ou que dependem deles, como a água, gás e energia elétrica. Usar o mínimo de detergentes e sabões na limpeza doméstica, na lavagem de roupas, calçadas e pátios.

Economizar também as palavras — dizer mais com menos palavras. Muitos livros poderiam ser reduzidos a menos de metade de suas páginas sem perder a ideia central e suas derivações. Isso nos mantém mais focados no que é interessante; com menos distrações.

Uma Nova Consciência Ecológica do Ser

Não basta saber o que é importante para si, é preciso pensar na extensão do que pode ser esse conceito minimalista — uma nova consciência ecológica do ser.
Em outros termos, significa estar ciente do que é importante para todos e não somente para si.

Na esteira do minimalismo poderia vir a generosidade e a solidariedade, a compaixão; em vez de pensar somente em menos coisas para si e mais investimento em prazeres pessoais, também em doar o que sobra da economia dos recursos financeiros e ajudar aqueles que pouco têm para viver. É uma ação na ecologia social.

Se a ideia for levada adiante e se propagar como um novo modelo de vida no planeta e um novo paradigma, certamente haverá mais para quem tem pouco sem faltar a quem tem mais que o suficiente, e a economia mundial se encaminhará para um equilíbrio. Não confundir essa nova consciência ecológica com socialismo; é uma nova consciência mesmo, uma consciência ética.

Ao que parece nós não temos outra saída para os enormes problemas que criamos com os excessos de produção e consumo. O rastro deixado por essa mentalidade consumista, é um amontoado de lixo, resíduos químicos, produtos descartáveis, muitos são recicláveis, mas ainda em percentual muito abaixo do que deveria ser o ideal. Portanto, uma nova consciência ética e ecológica pede urgência para nos salvar de um eventual colapso mundial.

Uma Observação Crítica do Conceito Minimalista

Pesquisando o assunto encontramos variados entendimentos sobre o conceito minimalista — de uma nova consciência ecológica do ser ético, até um novo direcionamento aos investimentos consumistas centrados exclusivamente em si.
Esperamos que seja uma ideia base para um novo paradigma de mundo daqui a duas ou três gerações.

Travessia SPA

Parceria com o instituto luz da consciência: https://luzdaconsciencia.com.br/artigos.html

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