Ao caminhar pelas ruas urbanas, deparamo-nos com uma cena peculiar: uma multidão de autômatos, mas serão estes os verdadeiros intelectuais? Refiro-me aos robôs humanos, indivíduos que vagam sem uma consciência plena de si mesmos. Surgem questionamentos: onde reside a verdadeira inteligência? Este é um reflexo do paradoxo contemporâneo entre o intelectualismo e a genuína inteligência.
Na era da informação, a comunicação assemelha-se à linguagem rudimentar dos primórdios humanos, caracterizada pela brevidade e falta de profundidade, refletindo uma tendência preocupante.
Ao acompanhar palestras e debates em diversos meios de comunicação, deparamo-nos frequentemente com personalidades de renome intelectual repetindo ideias previamente estabelecidas, como meros autômatos. Este fenômeno levanta questões sobre o verdadeiro propósito do intelectualismo e seu impacto na inteligência humana.
O intelecto é a “prostituta” da inteligência
O renomado pensador Osho afirmava que o intelecto é a “prostituta” da inteligência, uma metáfora que ressoa profundamente. Em vez de ser uma ferramenta a serviço da inteligência, o intelecto, devido ao excesso de academicismo, transformou-se em um depósito de memórias, desviando a energia que deveria nutrir a verdadeira inteligência.
A palavra “inteligência”, derivada do latim INTELLEGENTIA, remete à capacidade de compreensão, discernimento e raciocínio. No entanto, diante de indivíduos altamente intelectualizados, muitas vezes somos confrontados com um vazio intelectual quando questionados fora dos limites pré-estabelecidos. Esta é uma demonstração da atrofia da inteligência em favor do intelecto.
Enquanto escrevo estas linhas, imagino esses indivíduos em seus teatros mentais, distantes e arrogantes, preparados apenas para recitar o que foi memorizado. Seria revelador vê-los confrontados com desafios que não se encaixam em seus scripts predefinidos.
Era Digital
A humanidade encontra-se imersa na era do intelectualismo, resultando em uma diminuição da verdadeira inteligência e da capacidade de discernimento. Cada vez mais robotizados, tornamo-nos repetidores de conteúdo, incapazes de compreender os verdadeiros significados por trás das informações que memorizamos.
Apesar desse cenário desolador, há exceções. Ainda existem indivíduos que se destacam em meio à aridez do intelectualismo, demonstrando verdadeira inteligência e discernimento.
Estes são os verdadeiros guardiões da chama da inteligência humana, oferecendo esperança em um mundo cada vez mais dominado pelo intelecto vazio.
Acreditamos que o texto a seguir possa complementar com sua leitura: https://travessiaspa.com.br/repensando-o-intelectualismo-sabedoria-e-excesso-mental/
Em parceria com o instituto luz da Consciência: https://luzdaconsciencia.com.br/artigos.html
Rosa Capitani — Terapeuta
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