Todo ser humano é produto de uma natureza infinitamente inteligente. Em espírito, torna-se humano quando está aprisionado ao corpo físico de matéria orgânica, que lhe permite experimentar as mais diversas sensações, da mais grosseira e brutal emoção da raiva extravasada em agressividade, ao sentimento mais refinado e nobre da compaixão. Mas a natureza humana é a mesma de tudo que existe na Terra. Então por que, nós humanos mais evoluídos que os animais adoecemos e sofremos mais que eles? — Porque só os humanos negam a sua natureza.
Em vez de aprender a lidar com nossa natureza, nós a reprimimos, por força moralista de crenças e dogmas, gerando conflitos internos, e os conflitos desarmonizam a natureza, e a natureza em desarmonia adoece.
Raramente se vê, na natureza, um animal doente, a menos que seja domesticado pelo homem. No entanto, é raro encontrar um ser humano que não tenha uma doença, ou que pelo menos não tenha adoecido em algum momento. E se não está doente, fisicamente, sofre de ansiedade ou depressão.
A impaciência com o ritmo da sua natureza e da vida estica o elástico da ânsia de estar no controle do tempo para antecipar os eventos, e quando o “elástico” retorna ao seu ponto de inércia abre-se na alma a depressão do vazio existencial.
O ser humano sofre por sua própria escolha, porquanto ele mesmo está dotado de inteligência e consciência para ser o diretor-geral da sua evolução e destino. As leis naturais divinas estão escritas na sua própria consciência.
Construímos catedrais e somos incapazes de tomar posse de nosso próprio reino interior.
Talvez esteja aí a razão do sofrimento humano — a busca de si na vastidão exterior, porquanto essa busca deve ser feita em sentido contrário, para dentro de si, pelo autoconhecimento.
A doença da humanidade
Na verdade, nenhuma busca é necessária. É mais uma questão de aceitar a própria natureza e permitir que ela flua que propriamente de uma busca. Aceitar nossa natureza como ela é e aprender a lidar com ela com a inteligência intuitiva.
A doença da humanidade resulta do conflito entre a sua natureza interior com a natureza exterior, com a moral e o mundo. A natureza deseja se manifestar na humanidade e a moral a contém, por vergonha, medo, culpa, remorso.
Saúde é paz; a pacificação dos conflitos interiores acontece quando nós nos aceitamos, sem culpa pelo que sentimos, e aprendemos a lidar com nossas emoções, principalmente, educando nossa natureza psicoemocional.
A natureza humana, deseducada, manifesta-se em instinto; quando educada eleva o espírito à inteligência suprema. A consciência é o campo onde a inteligência se desenvolve com sabedoria, equilibrando as forças da natureza interior com a exterior; nessa harmonia o ser humano se estabiliza saudável.
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